Grande CEF e as suas aventuras

Grande CEF e as suas aventuras

terça-feira, 16 de novembro de 2010

EÇA DE QUEIRÓS


Escritor: 1845-1900
Em 25 de Novembro de 1845, nasceu na Póvoa do Varzim José Maria Eça de Queirós.

Em 1855 entrou como aluno interno no Colégio da Lapa, no Porto, quando acabou os seus estudos, matricula-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, curso que concluiu em 1864, no mesmo ano em que conheceu Teófilo Braga. Em 1865 representou pela primeira vez no Teatro Académico e em 1865 conheceu o Antero de Quental. Em 1866 Forma-se em Direito. Instala-se em Lisboa, em casa do pai. Parte para Évora, onde funda e dirige o jornal Distrito de Évora. Em 1867 Saiu o primeiro número do jornal. Estreou-se no fórum. Em 1870 é nomeado Administrador do Distrito de Leiria. Com Ramalho Ortigão escreve O Mistério da Estrada de Sintra. Presta provas para cônsul de 1ª classe, ficando em primeiro lugar. Em 1873 Visitou os Estados Unidos em missão do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Foi transferido para Newcastle em 1874. Foi ainda cônsul em Londres, Paris e Havana. Em 1886 casou com a Emília de Castro Pamplona.
· 1876: publicação de O Crime do Padre Amaro.
· 1878: publicação de O Primo Basílio. Escreve A Capital.
· 1879: Escreveu, em França, O Conde de Abranhos.
· 1880: publicação de O Mandarim.
· 1887: publicação de A Relíquia.
· 1888: Cônsul em Paris. Os Maias.
· Em 1900 A Correspondência de Fradique Mendes. A Ilustre Casa de Ramires.

Pelo sonho é que vamos

Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.

Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.

Basta a fé no que temos,
basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria
ao que desconhecemos
e ao que é do dia-a-dia.

Chegamos? Não chegamos?
─ Partimos. Vamos. Somos.

Comentario:
Pelo sonho é que vamos.
Nunca sabemos se chegamos a alcançar os nossos sonhos, mas nunca devemos deixar de sonhar.

Somos assim aos dezassete

Somos assim aos dezassete.
Sabemos lá que a Vida é ruim!
A tudo amamos, tudo cremos.
Aos dezassete eu fui assim..

Depois, Acilda, os livros dizem,
dizem os velhos, dizem todos:
«A Vida é triste! A Vida leva,
a um e um, todos os sonhos.»

Deixá-los lá falar os velhos,
deixá-los lá... A Vida é ruim?
Aos vinte e seis eu amo, eu creio.
Aos vinte e seis eu sou assim.


Aos dezassete todos sonhamos mas mais tarde vemos que a realidade não passa de um mundo de sonhos.
Aos vinte e seis anos já só o poeta ama e crê.